quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Déjá vu



Um lugar
pessoas
objetos
circunstâncias
um perfume...
por um instante
um lapso na memória
um momento vi vindo
nessa vida
fez-se sonho acordado
arrepiado
estranho a estranheza
que fica martelada
já ter visto o inusitado...
:.
Olhei em volta...
um quadro
um bilhete
um tapete...
sentia sem saber
sabia sem sentido...
aquilo já havia acontecido...
:.
Tive um déjà vu
teimei
pasmei
nem sei
se de lá já vi
ou se já voltei...
:. ......................... .:
(poema dedicado à minha Lú,
agosto/2008)

:. ......................... .:

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Seu verbo é ganhar (ou Um dia de fúria)



Sem dormir acordar
o pesadelo recordar
a promessa blasfemar
a língua queimar
o pão esturricar
o suco salgar
um queijo pra colesterar
sair de casa sem beijar
a van da hora deixar passar
só para se atrasar
ler o jornal pra não falar
na portaria não cumprimentar
na roleta entalar
deixar o telefone berrar
mandar o chefe tomar
na reunião nem opinar
só pra incomodar
o teclado quebrar
o monitor saturado porrar
o mouse ótico derrubar
a home page detonar
a arte-final rasurar
a ligação não retornar
se for cobrança então nem pensar
torcer pro tempo andar
sair para almoçar
comer um sanduba no bar
na escada rolante tropeçar
fazer o alarme disparar
só pra morena olhar
perder o celular
ferrar o calcanhar
tomar pingo de ar
num trombadinha trombar
um trident mastigar
o horário do almoço prolongar
ouvir piadinhas ao voltar
o ponto nem marcar
só pra debochar
o leiaute reprovar
o programa contestar
mandar o bill se danar
ver o tempo não passar
ouvir que o trânsito vai devagar
a rio branco vai engarrafar
o metrô vai parar
a crise financeira vai agravar
a qualidade de vida vai piorar
a camada de ozônio vai acabar
a maria-chuteira vai casar
a prefeitura vai consertar
o presidente vai viajar
o governador vai apoiar
e...
quando o expediente encerrar
mandar o mundo se catar
ir no maraca ver o mengo jogar
sentir a galera inflamar
o coração acelerar
vibrar, pular, cantar
se emocionar
golear
festejar
brilhar
porque, Flamengo,
seu verbo é ganhar!...
.
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Maracanã, 23.10.2008. A torcida do Fla, ressabiada depois de ter lotado o estádio a pouco mais de dez dias e assistir, incrédula, o time perder para uma equipe que vinha mal das pernas, não comparece em massa.
Quem não pagou pra ver perdeu uma das melhores exibições do rubro-negro nesse campeonato. Comandados pelo aniversariante do dia, Léo Moura e pelo lendário Obina o Mengão não tomou conhecimento da boa campanha do Coritiba e disparou uma goleada de 5 x 0, com direito a gol até do goleiro Bruno.

Esse texto é uma homenagem ao "Mais querido do Brasil" -- o Flamengo -- time de tranta tradição e inúmeras glórias, capaz de provocar reações de amor e ódio, alegria e tristeza, enfim, emoção. Que o digam os torcedores das demais equipes que, mesmo juntas, não conseguem superar a enormidade que é a Nação Rubro-Negra.

No seu dia de fúria, vá assistir a um jogo do Mengo, eu recomendo.
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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A suposta existência




Como é o lugar quando ninguém passa por ele?
Existem as coisas sem ser vistas?
O interior do apartamento desabitado?
A pinça esquecida na gaveta?
Os eucaliptos à noite no caminho três vezes deserto?
A formiga sob a terra no domingo?
Os mortos, um minuto depois de sepultados?
E nós, sozinhos no quarto sem espelho?

Carlos Drummond de Andrade

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Na verdade, não sei nada dessa suposta existência.
Não tem como saber.
O que sei é que a gente costuma chamar essa existência de vida.
E o que é "gente"? O que é "vida"?
Quem sabe eu seja personagem de um história infantil e a criança que lê essa história, num momento se distrai, deixa o livro de lado. A mãe da criança encontra o livro e o coloca numa gaveta (dessas gavetas que em toda casa há pelo menos uma). E, então... eu, você, nossa história, as árvores que plantei, os animais que cuidei, a crise financeira, o computador, a tv de plasma, o mp3, o jogo de copas, o overmundo, o ocidente, o buraco na camada de ozônio... desaparecem.
Pensando bem, qual será a sensação de desaparecer....?
Citando o mestre Drummond, deixo aqui uma de suas perguntas retóricas: "existem as coisas sem ser vistas?"

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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Contagiro



Mente
doente
deseja
viciada
mão não quer
pés não vão
alma devassada
vida atrofiada
vista embaçada
dura calçada...
:.
É fria
É fogo
É foda
Tudo roda
:.

Contagiro
suspiro
maldita
saideira
tonteira
cegueira
cana
rama
grama
cama
lama
quebra cabeça
galo dormente
cão vadio
cara lambida
chão imundo
primeiro gole
último do mundo

:.
Sem noção
Sem direção
Sem prumo
Sem rumo
Sem sentido
Sem real
Sem vergonha!
:.


Tá mamado
tá amarrado
levanta
estanca o corte
fica esperto
tenta a sorte
o azar é certo...
:..................:

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Fogueira fétida



E fez-se fogo
primeiro
secando-lhe
as
entranhas
depois
envelhecendo-lhe
os
olhos
ardendo-lhe
pelas
mãos
dedos
unhas
membros
pés
pelos
pele
chama
fugaz
contumaz
alimentando
fogueira fétida
incinerando-lhe
os
sonhos
para
não
mais
sonhar
.............
sem
poder
acordar
sem
ousar
retornar
sem
temer
vacilar
escolheu
queimar
:.........:

Labirinto




Talvez
Pelo avançado da hora
.............
Demora
.............
ou
Pelo avançado cansaço
.............
Bagaço
.............

Degradação
Perturbação
Consumição
Piração...
Insano ou
são

Horas, dias, meses...
Anos...
Desperdiçados
[Recompensados????]
:.
Sentiu-se só...
Perdido
Caos
Desordem
Terremoto
Guerra
............. Labirinto
:.
Tudo
Tão e tanto
Errado...
:.
Fazer, desfazer...
Refazer?
:.
Teria mais tempo para perder?
:................................:

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Frágil fortaleza



Recorte a sorte
Ligada
Ao fio da vida
Cole os pedaços
Estilhaçados
Na corda bamba

Recorte a vida
Ungida
Ao terror da perda

Recorte o dia
Imprestável
À barriga vazia
Sustente o corpo
Despedaçado
Ao cair da noite
Os fortes braços
Ancorados
Na terra firme

Recorte a perda
Picotada
Às frágeis mãos...
Os pés descalços
Esfolados
Em solo fértil
A pele seca
Riscada
Em papel-fino
A cabeça erguida
Aprumada
À nuvem-lume
O corpo suado
Suplica
A alma lavada

A trilha árdua
Bifurca
Frágil ... Forte
A hipocrisia
Respinga
O sangue quente.............................................. (Nossa gente)

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Wander & Lilibeth
Setembro, 2008
:..............................................:

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Na sombra do lixo



Sorte de quem
ao doer medial agulha lacerando
flácida pele a meio palmo da eutanásia
................................................. acordou
Sorte de quem
pelo ralo do esgoto
enlameado escorregou
.................................................. escoou
Sorte de quem
ao assistir a miséria do mundo
na plasma da sala de estar
da sua mediocridade
.................................................. corou
Sorte de quem
passou pelo meio da podridão fétida
e conseguiu encontrar o desvio que conduzia
aos rios de águas transparentes
...................................................................... boiou
Sorte de quem
alvo certo nas ruas medonhas,
frágil carne contra afiadas adagas,
mesmo tarde da noite
..................................................................... retornou
Sorte de quem
aprendeu que,
muitas vezes, é preciso
ir ao encontro do mar revolto
.................................................... mergulhou
Sorte de quem
absorto em dúvidas cruciais,
madrugadas sedentas,
mancando em toscas letras,
de um verbo no infinitivo
..................................................... lembrou
Sorte de quem
ao encontrar uma onda gigantesca
e furiosa por ter sido invadida
por detritos funestos
..................................................... avançou
Sorte de quem
ao avistar um trator desgovernado
vindo em sua direção para esmigalhar
suas entranhas até saltarem pelas órbitas
..................................................................... parou
Sorte de quem
ao fim e ao resto,
no lixo das vísceras
reviradas, animalescamente disputadas,
sua parte
..................................................................... tomou

:...........................................................:
(Sorte de quem
.............................................................

............................................................Escolheu)

:..............................................:
Lilibeth & Wander
Setembro, 2008
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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Momento eu!!!



Cabeça na lua
Coração nas estrelas...
Minh'alma viaja leve como pluma:
asas abertas... !

Sinto na plenitude do silêncio
Indecifrável dialeto
Medieval
Surreal
Atemporal...

Em plano
Diferencial
Afloram emoções
Reais
Sonho segredos
Que não consigo
Recordar

No infinito agora
Faço minha hora
Mergulho fundo
Universo em mim
Redescubro
Essa imensidão
Prudente
Silente

Sigo
Pela Estrada
Minha jornada
Meu momento
Aprendendo
Ensinando
Meu silêncio
Falando
Muito mais
Que tantas palavras...
:...............................................:
Se você não se atrasar demais,
posso te esperar por toda a minha vida...
-Oscar Wilde
:...............................................:

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Parapente




Voar
parapente
coragem latente
pássaro a planar
colorindo
tingindo...
milhas e milhas
subindo
suave
em sintonia
perfeita
ao sabor das correntes...
:.
Voar
parapente
coragem latente
mergulho
cadente
ascendente...
vento
turbulento
brisa
calmaria
adrenalina
retina
praia
maresia
pulso
ação
sol
menina...
:.
Voar
parapente
coragem
latente
sem asas
azul
voar...
sem hora
branco
pousar...
verde
voltar...
rubro correr...
vazio saltar...
alçar
contemplar

P
a
r
a
p
e
n t e a r : p e l o : ar :

V o a r .............

Livremente...
parapente
voar...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Insônia



Enquanto
n
ã
o durmo
viajo em mim...
abro portas
crio imagens...
sons...!

Lembro-me daquele colégio,
janelas sem vidros
onde tirei o meu
primeiro 10 em Química
e da professorinha que morria de medo de
relâmpagos...!

Do programa de computador que, enfim, funcionou
e de tantos outros habilitados, testados, elogiados, criticados, arquivados, detonados, caducados...!

Do pai demitido às vésperas do Natal
Da indescritível felicidade em ser pai
E da irreparável tristeza que é em ficar sem os pais...!

Da infância, dos avós, dos primos, Cordeiro...
Do primeiro dia no primeiro emprego...
chopp, praia, futebol amores, flores, carros, cores, escolhas
erros e acertos...
alegrias e decepções...!

Tantos sons...tantas imagens...
Tantas portas abertas
Que temo não
conseguir fechá-las...!!

E o gato dormindo na poltrona...
felizes são os gatos...
:................................................:

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Apnéia



Vejo-me
entrando no espaço abissal
entre
mim e
o eu sonhado...
caminho sem pé
mergulho
profundo
desvios
saturados
obstruídos
sem ar
não respiro...


Desperto no limite
comemoro a minha volta
tomo
coragem
encho o peito
e sinto a realidade
chover na
janela aberta
em ilusão de sol nascente...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Projeto poeta



Amanheceu diferente
Havia um zumzumzum no ar
O povo domingueiro comumente atarefado parecia extasiado
Era dia de festa: dia do nascimento do poeta
E gente e mais gente surgia
De anormais a artistas,
Circenses malabaristas,
Crianças carameladas,
Dançarinas descasadas,
Doentes desenganados,
Bêbados excomungados,
Doutores engravatados,
Motociclistas tatuados de caravanas desertados...
:.
Analistas de sistemas, os mais conceituados especialistas,
Complexo sistema elaboravam
Cálculos binários efetuavam, tempos, sóis e luas mediam.
O tom azulado do mar mesclavam ao tênue brilho etelar...
Colhiam gotas de orvalho, captavam brisas, tempestades, calmarias...
Na internet pesquisavam amor, dor
Prazer, esperança, utopia
Angústia, ideal, desconfiança,
Melancolia...
:.
E, finalmente, juntaram os cálculos,
As análises, as meditações, escrituras e leituras
Programadores ansiosos em excéis tabularam
Digitadores, às pressas convocados, furiosamente planilharam
E testaram...
:.
Não rodou!...
:.
Novamente testaram...
:.
Travou, nada funcionou...
:.
Uma confusão se estabeleceu...
Como assim o poeta não nasceu?
:.
O que havia de errado,
quem seria o culpado?
O programador descompensado,
o digitador apressado
ou o povo aglomerado?
A máquina inoperante
ou o sol escaldante?
:.
E, sob protestos, surtos, vaias
um cartaz foi afixado
:.
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
::: Vírus no sistema encontrado :::
:::::: Projeto Poeta abortado ::::::
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
:.

domingo, 5 de outubro de 2008

Dança da chuva



E choveu...
E choveu...
Durante longos meses
Choveu e choveu.
Rios e mares encontraram-se num só curso.
E inundaram, e destruíram, e tudo invadiram.
E povos inteiros pereceram.
Mãos para os céus rogaram preces.
Profetas diziam que tudo estava escrito,
E agarrados às suas profecias, submergiam.
Boatos corriam que crianças com nadadeiras nasciam,
E que ricaços em transatlânticos partiam... para onde iriam?
:.
E... choveu, e... choveu...
:.
E, quem sobreviveu... com a intempérie aprendeu!
E reprojetaram, e reinventaram, e reciclaram, e tudo reconstruíram.
E da água comeram, da água beberam. E, quem diria?
A água já não mais temiam.!
................................................................
Até que... um dia...!
................................................................
A chuva cessou
E o sol novamente brilhou
E as águas retrocederam
E rios e mares aos seus cursos verteram
Profetas emergiam bradando eu já sabia!, e bisonhamente sorriam
Boatos corriam que das crianças as nadadeiras caíam
E que transatlânticos de luxo numa floresta jaziam
E o sol brilhou e brilhou...
E as casas voltaram a ser casas
As ruas voltaram a ser ruas
Os povoados voltaram a ser povoados
Barcos, obsoletos, dos telhados foram retirados
E o sol brilhou e brilhou por longos meses...
:.
Brilhou, brilhou...!
:.
E o rio secou
A colheita não vingou
E a fome imperou
Mãos para os céus rogaram preces
De onde tirar sustento, aplacar a sede?
E povos inteiros pereceram...
E, nas noites quentes da única estação que restou
Ouviam-se o chacoalhar de corpos suados
Ao tenso ritmo da dança da chuva...
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: by Wander - Dezembro, 12, 2007
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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Único espectador



Fugindo, destruindo
Construindo, abrigando
Premiando
Castigando
Afagando
Magoando
Despertando
Escrevoulendo
Livro da vida
No
palco
As palavras
Que sou criador
Realizador
Platéia e
Único espectador...

:......................................:

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Segundos a S.O.S...



Quando o segundo sol chegar
Para realinhar as órbitas
Dos planetas
Derrubando
Com assombro exemplar
O que os astrônomos diriam
Se tratar de um outro cometa...
Eu só queria te contar
Que eu fui lá fora
E vi dois sóis num dia
E a vida que ardia
Sem explicação...
(O Segundo sol, Cássia Eller)

:.
Quanto tempo temos
Antes de voltarem
Aquelas ondas
Que
vieram como gotas em silêncio

Tão
furioso

Derrubando homens
Entre outros animais
Devastando a sede desses matagais
(Eternas ondas, Fagner)
:.

Um gosto amargo na boca.
A moça que sonha, a louca.
O homem que quer mas se esquece,
O mundo do dá ou do desce.
Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia.
Sem fogo, sem sangue, sem ás
O mundo dos nossos ancestrais.
Acaba sem guerra mortais
Sem glórias de Mártir ferido
Sem um estrondo, mas com um gemido.
(As profecias, Raul Seixas)

:.
Alguns edifícios explodiam
Pessoas corriam
Eu
disse bom dia

E ignorei
Telefonei

Pr’um toque qualquer
E não tinha
Ninguém respondeu
Eu
disse:

“Deus, Nostradamus
Forças do bem e da maldade
Vudoo, calamidade, juízo final
Então és tu?”
(Nostradamus, Eduardo Dussek)
:.

Não se afobe, não, que nada é pra já
O amor não tem pressa,
Ele pode esperar
E quem sabe, então o Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Sábios em vão tentarão decifrar
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não, que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você
(Futuros amantes, Chico Buarque)
: .
:..............................................................:
:
Nostradamus escreveu em algumas das 942 quadras (textos de quatro linhas) de suas Centúrias, previsões a respeito da entrada, em nosso sistema solar, de um de um “planeta invasor”, ou um gigantesco cometa, causando desastres insondáveis, entre eles a mudança do eixo terrestre. Este planeta-cometa é Hercólobus.
Tal aproximação o fará refletir a luz do sol, fazendo-o ser visto como um “segundo sol” durante sete dias em diversas partes do mundo, em pleno meio-dia.Segundo interpretações das profecias e cálculos astronômicos, a mera entrada de Hercólobus no sistema solar causará um tsunami (uma onda gigantesca no mar, que alcançará cerca de cinco quilômetros de altura), além de movimentos tectônicos e terremotos, devidos à vibração e à energia que se produzirá pela atração de Hercólobus sobre a Lua. A rotação dos eixos da Terra será acelerada violentamente e os pólos serão o Equador...
:
Leia também Fim do mundo
:..............................................................:

Fins e meios



Quem deseja um fim
deve desejar também os meios
porém nem todos os meios
são permissíveis
e em certas circunstâncias
os meios
podem ser mais importantes
que os fins
mas a definição de um fim é
precisamente
a justificação dos meios
ao lidarmos com meios e fins
não poderemos nunca impedir
que alguém
recorra a todos os meios
para alcançar os seus fins...
:..................................: