sexta-feira, 18 de maio de 2012

Olhos brilhantes




Vestes
Esfarrapadas
Fétida
Corja
À caça
N’agora
Velada
Praça
Olhos Brilhantes
Radiante
Mistura
De céu e mar
Amada
A quem prometera
Curar
Proteger
Além das cercas
Da luz
À margem
Do bem
E do mal
:
Ela...
Doente
Da Lua
Sem conseguir resistir
Nem confiar
Sem medo de errar
Nem apontar
De arma em punho
Tiro certeiro
Aprendera
A atirar
:
N’agora
Velada
Praça
Antes amado
Jaz
Deformado
Na mão
Fria
A cura
Prometida
Perdida
Em frágil frasco
Ao chão
Derramada
:
Olhos Brilhantes
Adiante
Ao caos
Se submete
Às trevas
Se perde
Temida
Em vestes
Esfarrapadas
Desfila
Líder nata
A corja
Conclama
Não teme faróis
Atira a esmo
Come carcaça
Extermina
Em massa
Sem pena
Até de sua própria
Raça
:
No que restava
Do que chamavam
Mundo
A filha
Insana
Do pecado
Emboscada
Entregue ao
Caos
Da própria sorte
Ferida de morte
Agoniza
Agora
Aos pés imundos
Dos seus algozes
Famintos
De sua carne
Abundante
De seu cérebro quente
De seu coração valente
De sua mão certeira
De seus
Olhos brilhantes...
:...........:

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Sonho de consumo



Quando ela vem
Dô um tapa no visú
Me arrumo
Me perfumo
Me aprumo
Ar sóbrio
Assumo
Será que ela
Não vê??
Vou ter que
Desenhar
Encenar
Apontar
Fazer um roteiro
Um mapa
Um resumo...
E,
Quando ela
Mete o pé
Segue o seu rumo
Bebo
Fumo
Me desarrumo
Saio do prumo
Lá se foi
O meu sonho
De consumo
:.............: