Romance breve
Sonhei...
Confissões, ciúmes
Decisões
Vida por um fio
Ruas sombrias vaguei
Lampiões, lamparinas, ladeiras
Bares atraentes
Sonhei...
Confissões, ciúmes
Decisões
Vida por um fio
Ruas sombrias vaguei
Lampiões, lamparinas, ladeiras
Bares atraentes
Frequentei
Lares decadentes
Lares decadentes
Pernoitei...
;
Logrei curar
Infortúnios
Da apaixonada
Logrei curar
Infortúnios
Da apaixonada
Recém órfã
Da menina-meretriz
Criança maltratada
Pierrete inconformada
;
Da menina-meretriz
Criança maltratada
Pierrete inconformada
;
Postado no meio do nada
Claridade espraiada ao redor
Sem medo do novo
Ousei
Pelos cafés vienenses
Matutinos folheei
Por caminhos nonsenses
Sem rumo trilhei
Contra quem nada tinha a perder
Até a sorte tentei...
Sem medo do novo
Ousei
Pelos cafés vienenses
Matutinos folheei
Por caminhos nonsenses
Sem rumo trilhei
Contra quem nada tinha a perder
Até a sorte tentei...
;
Disfarçado em palácios sórdidos
Ouvi cantos mórbidos
Enquanto damas mostravam sua nudez
Negros véus disfarçavam sua palidez
Seduzido, extasiado, erotizado
Bailei um balé esquisito
Maldito...
;
Conheci a fúria
Dos desconhecidos
E...
Ela
Sem que soubesse de onde surgiu
Nem imaginasse por que chegou
Assim
Louca
Linda
Nua
Ousou se sacrificar
Para me libertar...
;
Quem era ela?
Não sei!
Sua face não vi!
Não acordei!
Porque nem dormi!
;
[... um dia refaço o caminho
e lá estarará ela...
e outras
todas elas...
sorrindo para mim...]
;
Nunca mais
É tempo demais
Para não esquecer
De lembrar
Disfarçado em palácios sórdidos
Ouvi cantos mórbidos
Enquanto damas mostravam sua nudez
Negros véus disfarçavam sua palidez
Seduzido, extasiado, erotizado
Bailei um balé esquisito
Maldito...
;
Conheci a fúria
Dos desconhecidos
E...
Ela
Sem que soubesse de onde surgiu
Nem imaginasse por que chegou
Assim
Louca
Linda
Nua
Ousou se sacrificar
Para me libertar...
;
Quem era ela?
Não sei!
Sua face não vi!
Não acordei!
Porque nem dormi!
;
[... um dia refaço o caminho
e lá estarará ela...
e outras
todas elas...
sorrindo para mim...]
;
Nunca mais
É tempo demais
Para não esquecer
De lembrar
O breve romance
Que pensei
Que sonhei...
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(...) O céu achava-se encoberto, as nuvens apressavam-se, o vento assobiava. Deu consigo postado no meio do nada, onde uma pálida claridade espraiava ao redor. Estava sozinho, o casaco aberto e não se sentia propriamente em segurança. Algo distante, via-se a larga estrada. Uma procissão de lampiões tremeluzindo sombrios indicava a direção da cidade. Todavia, pô-se a andar em linha reta, encurtando o caminho, seguindo o suave declive dos campos encharcados, a fim de, tão rápido quanto possível, retornar à companhia das pessoas... (...) (Trecho do livro "Breve romance de sonho", de Arthur Schnitzler)
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(...) O céu achava-se encoberto, as nuvens apressavam-se, o vento assobiava. Deu consigo postado no meio do nada, onde uma pálida claridade espraiava ao redor. Estava sozinho, o casaco aberto e não se sentia propriamente em segurança. Algo distante, via-se a larga estrada. Uma procissão de lampiões tremeluzindo sombrios indicava a direção da cidade. Todavia, pô-se a andar em linha reta, encurtando o caminho, seguindo o suave declive dos campos encharcados, a fim de, tão rápido quanto possível, retornar à companhia das pessoas... (...) (Trecho do livro "Breve romance de sonho", de Arthur Schnitzler)
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