quarta-feira, 6 de maio de 2009

Miséria imposta



Sem pão, sem feijão
nem um grão
Só arroz podre
no lixão
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Vastas
Pastagens
Criação
Engordando pra corte
Faminto não vê
Carne
Míngua à morte ..........................
:.
Maltratado
Vida bandida
Sem comida no prato
Nem água bebida
No resto que não presta
Revira o que resta
:.
"Não" é a resposta
Em coro da multidão
Figurante do mundo:
Vagabundo!!!
Catador,
Malfeitor,
Humilhado,
Desgraçado!!!
Mal olhado
Fraturas não colam
Feridas empolam
Encardidas
Mãos esfolam
Última forma
Sucumbir
Sofrimento imputado
Miséria imposta
Na dor de existir
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Reflexões sobre o inconsciente (atemporal) e sua relação com o quotidiano (temporal)
Wander Motta e Lilibeth*, maio/2009
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